A Formação dos Alicerces do Ambientalismo

Entre os grandes conflitos mundiais do Séc. XX- época com grandes avanços científicos, tecnológicos e sociais, que culminou na revolução industrial iniciou-se uma preocupação com o meio e sua devastação; era notável desde já que o planeta não suportaria o ritmo de exploração que se propagava, porém pouco se refletiu com vistas à conservação do planeta, a preocupação era meramente política (GALLI, 2008). Ao mesmo tempo o homem vivia o ápice do antropocentrismo com o desenvolvimento dos meios de comunicação em massa e os meios de transporte, o mundo ficou mais interligado, fácil para ser desbravado e explorado; Grün (1996) chama este período de “era planetária” que segundo Galli (2008) é um tempo marcado pelo reconhecimento da pequenez das pessoas para com o tamanho do mundo. Porém esta “pequenez humana” provavelmente não foi corretamente refletida pela humanidade, apenas garantiu maior cobiça; o homem então não via mais limites para seu “desenvolvimento”, a comunicação eficaz, o transporte rápido e o reconhecimento de novas terras lhe deram, ou melhor, o homem se auto presenteou com o próprio planeta, e se autonomeou como o dono de tudo, o todo poderoso dentre as espécies viventes.

Perdeu seu verdadeiro objetivo primeiro de cuidar da Terra. Ao final da segunda guerra mundial, os ataques nucleares às cidades de Hiroshima e Nagasaki, despertaram a reflexão das pessoas para uma possível destruição do planeta.

Apenas dois meses depois eram jogadas as bombas atômicas sobre as populações civis de Hiroshima e Nagasaki. O Homo Sapiens, esta espécie tardia surgida há pouco mais de um milhão e meio de anos, havia conquistado o poder de destruição total de si próprio e de todas as demais espécies sobre a face da Terra. Os seres humanos adquirem, então, a autoconsciência da possibilidade de destruição completa do planeta. Após o dia 6 de agosto de 1945 o mundo não seria mais o mesmo. Ironicamente, a bomba plantava as primeiras sementes do ambientalismo contemporâneo.
Com este acontecimento histórico a população começou a compreender, a verdadeira pequenez do ser humano em relação ao mundo, assim como sua fragilidade. Os ataques a Hiroshima e Nagasaki é um marco importante para a consciência ambiental da população, que antes explorava os recursos naturais sem preocupação de mudanças no planeta. Porém, essas e outras catástrofes podem ter colaborado para que a população refletisse sobre suas ações.
Fragilidade talvez seja o ponto chave para o homem compreender sua dimensão histórica e evolutiva de espécie, e como tal, não se julgar apto de prejudicar na sobrevivência das outras formas de vida do planeta.
REFERENCIAS:
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