Por
volta de 1948, começasse a falar em proteção ambiental, porém, a preocupação
com o ambiente intensifica-se apenas nas décadas de 60 e 70, quando os países
mais industrializados passam a preocupar-se com a poluição do ar, dos rios e
com a chuva ácida. No cenário político os principais acontecimentos foram a
revolução dos cravos em Portugal que gerou a independência de suas colônias no
continente africano, a Guerra Fria e a Ditadura Militar no Brasil estavam
acontecendo.
Marcos
históricos sobre a educação ambiental na década de 70:
Em
1970, foi lançado o “manifesto da sobrevivência” pela revista britânica The
Ecologist que propunha que alta demanda de exploração ambiental não poderia ser
sustentada por recursos finitos do meio ambiente, três anos mais tarde com a
descoberta de que o petróleo é um recurso natural não renovável, eclodiu a
crise do petróleo, reafirmando o manifesto.
Em
1972, aconteceu a Conferência de Estocolmo. Na conferência foi discutido o
relatório Limites do Crescimento, proposto pelo Clube
de Roma, recomendava a imediata adoção de uma política mundial de contenção do
crescimento, visando atingir um estado de equilíbrio o mais cedo possível, caso
contrário haveria uma redução de população incontrolável até 2100. Países
subdesenvolvidos e emergentes, como o Brasil, enxergaram essa proposta como um
modo de frear seu crescimento, pois com a contenção de crescimento esses países
estariam condenados ao subdesenvolvimento. O dia 5 de junho de 1972, data que
se iniciou a conferência, foi marcada como dia mundial do meio ambiente. Outros
dois relatórios foram escritos nesta mesma década, porém, não tiveram o mesmo
destaque que o primeiro.
O princípio 19 da Conferência de Estocolmo de 1972 estabeleceu:
"É
indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido, seja às
gerações jovens, seja aos adultos, o qual dê a devida atenção aos setores menos
privilegiados da população, a fim de favorecer a formação de uma opinião
pública bem informada e uma conduta dos indivíduos, das empresas e das
coletividades, inspiradas no sentido de sua responsabilidade com a proteção e
melhoria do meio, em toda a sua dimensão humana."

Em 1973, o termo
ecodesenvolvimento passa a ser usado para expressar um desenvolvimento de forma
alternativa. Tinha como princípios: sustentabilidade social, econômica,
cultural, espacial e ecológica. Anos mais tarde, esses princípios seriam
integrados à Comissão Brundtland. Essa comissão tinha o objetivo de promover
audiências em todo o mundo e produzir um resultado formal das discussões.
No ano de 1974,
ocorreu o seminário de Jammi (Comissão Nacional
Finlandesa para a UNESCO). Considerou que a Educação Ambiental permite alcançar
os objetivos de proteção ambiental e que não se trata de um ramo da ciência ou
uma matéria de estudos separada, mas de uma educação integral permanente.
No
ano de 1975, em reposta a uma das recomendações feitas na Conferência de
Estocolmo em 1972, a UNESCO juntamente com o PNUMA promoveu o Encontro Internacional em Educação Ambiental
em Belgrado, na então Iugoslávia, onde foi criado o PIEA (Programa
Internacional em Educação Ambiental) que formulou alguns princípios para
dirigir e orientar a EA, como a multidisciplinaridade.
Em
1976 ocorrem simultaneamente em diversos países, reuniões para a preparação da
Conferencia em Tbilisi no ano seguinte, como a Reunião Sub Regional de EA para
o ensino Secundário em Chosica, no Peru; o Congresso de Educação Ambiental em
Brasarville, na África, reconhece que a pobreza é o maior problema ambiental;
Conferência de Bogotá – Colômbia; I Conferência das Nações Unidas Sobre Assentamentos
Humanos - Habitat I - Vancouver – Canadá; entre outras.
A conferência de
Tbilisi foi um dos eventos mais importantes da Educação Ambiental, foi uma
parceria da UNESCO com o PNUMA, nessa conferência ficou estabelecido que os
objetivos da educação ambiental são:
1-Promover
a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica,
social, política e ecológica.
2- Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os
conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes
necessárias para protegerem e melhorarem o meio ambiente.
3- Induzir novas formas de conduta, nos indivíduos e na sociedade, a respeito
do meio ambiente.
No final da
década de 70 e início de 80 diversos acontecimentos mundiais contribuíram para a discussão da
importância e das políticas da educação ambiental como: “Encontro Regional de
Educação Ambiental para América Latina” em San José, Costa Rica (1979);
“Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental para Europa e América do
Norte”, onde se destacou a importância de intercâmbio de informações e
experiências (1980); “Seminário Regional sobre
Educação Ambiental nos Estados Árabes”, em Manama, Bahrein (1980); e “Primeira
Conferência Asiática sobre Educação Ambiental”, Nova Delhi, Índia (1980)
Referências:
LEMOS, Haroldo
Mattos de. A Conferência de Estocolmo em 1972, O Clube de Roma e outros
modelos mundiais.
http://www.agemda.uaivip.com.br/historico_ambiental.htm https://portalresiduossolidos.com/historia-da-educacao-ambiental-brasil-e-mundo
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