HISTÓRICO DOS MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS E DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO, NO BRASIL E NA BAHIA DURANTE A DÉCADA DE 2000
Histórico
dos movimentos ambientalistas e da educação ambiental no mundo
2002
A
Assembleia Geral das Nações Unidas publicou a resolução 57/254
indicando
o período entre 2005 e 2014, como a década da Educação para o
desenvolvimento sustentável. Levando dessa forma a uma maior
visibilidade da educação ambiental.
Foi
realizada ainda no ano de 2002 em Johanesburgo localizado na África
do Sul, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, dando
importância a realizações de ações concretas, levado em conta e
detalhando as prioridades para o desenvolvimento das ações.
2003
Países
da América Latina incluindo o Brasil e do Caribe, assumiram o
compromisso de implementar o Programa Latino-americano e Caribenho de
Educação Ambiental (Placea) e o Plano Andino-amazônico de
Comunicação e Educação Ambiental (Panacea), o qual foi realizada,
a reunião de trabalhos de especialistas em gestão pública da
educação ambiental, para a implementação do Placea.
2005
Ocorreu
neste ano uma reunião internacional nas Ilhas Maurício, tendo como
objetivo revisar o Programa de Barbados das Nações Unidas. Essa
reunião abordou várias questões como os desastres ambientais,
mudanças climáticas e suas consequências, gestão de resíduos, os
diversos recursos presentes na natureza, transporte, comunicação,
ciência, tecnologia, globalização, comércio, produção, consumo
sustentável, saúde, cultura e uma educação voltada para o
desenvolvimento sustentável.
Também
nessa década a Organização das nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO), agiu de forma a possibilitar que as
populações desenvolverem conhecimentos, sendo capazes de tomar
decisões e colocar em prática essas decisões em benefício do
coletivo.
2007
Foi
realizada, a IV Conferência Internacional de Educação Ambiental
(Educação Ambiental para um futuro sustentável: Parceiros para a
Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável) realizada
em Ahmedabad.
Este
ano é acompanhado da necessidade de formular políticas de educação
ambiental, para tentar resolver os problemas, como as alterações
climáticas. Considerando que as mudanças climáticas, podem
provocar o aumento da temperatura, levando a aumento do nível de
mares e dos oceanos, riscos de doenças transmitidas por vetores a
seres humanos e perda da biodiversidade.
A
partir dessa nova necessidade, a educação ambiental passa a ser
vista tendo como principal objetivo causar transformações, tanto no
modo de vida como nas visões de mundo dos indivíduos.
Histórico
dos movimentos ambientalistas e da educação ambiental no Brasil
2000
Completa
a segunda vez do Plano Plurianual com duração até 2003, possuindo
vínculo com o Ministério do Meio ambiente.
2002
O
Decreto n° 4.281, regulamentou a Política Nacional de Educação
Ambiental, a qual define as competências do Órgão Gestor da PNEA,
sendo a sua primeira tarefa a assinatura de um termo, para a
realização da Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.
- Decreto N° 4.281, de 25 de junho de 2002 Art. 5o Na inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, recomenda-se como referência os Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se: I - a integração da educação ambiental às disciplinas de modo transversal, contínuo e permanente; e II - a adequação dos programas já vigentes de formação continuada de educadores.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4281.htm
2004
Em
setembro de 2004, foi realizada uma consulta pública, para a
terceira versão do Programa Nacional de Educação Ambiental
(ProNEA), envolvendo a contribuição as CIEAs, as redes de educação
ambiental e cerca de 800 educadores ambientais de 22 universidades
federais do país.
Sendo
realizado, em novembro deste mesmo ano o V Fórum Brasileiro de
Educação Ambiental, em que foi lançada a Revista Brasileira de
Educação Ambiental e criada a Rede Brasileira de Educomunicação
Ambiental (REBECA).
Foi
criada a Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade (Secad) e ocorreu a transferência da Coordenação Geral
da Educação Ambiental (CGEA) para esta secretaria, passando a atuar
em áreas como Diversidade, Educação do Campo e Educação Escolar
Indígena.
2004
-2007
Plano
Pluri-Anual (PPA) com o título: Educação Ambiental para Sociedade
Sustentáveis, foi elaborado contendo quatro ações estruturantes,
que perpassa pelas modalidades de ensino, sendo transversal a todas
as disciplinas. As quatro ações são: 1- Edições da Conferência
Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, sendo seu público alvo
estudantes de 11 a 14 anos de idade, professores e a comunidade,
podendo utilizar esse espaço para a realização de debates sobre
questões ambientais, tanto da escola como no seu entorno; 2-
Fortalecer a educação presencial, através de formação continuada
de gestores e professores e da qualificação dos materiais
didáticos; 3- Uso de novas tecnologias; e 4- Fortalecer os
movimentos da juventude, através da criação de coletivos Jovens
pelo Meio Ambiente e pela formação de Comissões de Meio Ambiente e
Qualidade de Vida (Com-Vidas) nas escolas, partindo de questões que
a comunidade escolar analisar como importante.
2007
A
Coordenação Geral da Educação Ambiental (CGEA) passou a fazer
parte da Diretoria de Educação Integral, Direitos Humanos e
Cidadania, tornando a educação ambiental mais visível no país.
2008
Conceito
de Educação Ambiental:
- “A Educação Ambiental deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública.”
QUINTAS, J. S., Salto para o Futuro, 2008
Fonte: (http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental)
Histórico
dos movimentos ambientalistas e da educação ambiental na Bahia
2001
A
Lei N° 7.799, de 07 de fevereiro de 2001, instituiu a Política
Estadual de Administração dos Recursos ambientais, onde no art.1
essa política, visa
assegurar o desenvolvimento sustentável e a manutenção do ambiente
propício à vida, em todas as suas formas. Apresentando entre seus
princípios: IV - a coletividade deve ter acesso à informação
ambiental, para propiciar sua participação no processo de tomada de
decisões, devendo ser capacitada para o fortalecimento de uma
consciência crítica e inovadora, voltada para a preservação,
conservação e recuperação ambiental, de modo a possibilitar o
exercício pleno da cidadania.
2002
Foi
concluída o documento da Agenda 21, que durou 4 anos, onde segundo o
Ministério do Meio Ambiente a Agenda 21, tem como objetivo
proporcionar o desenvolvimento sustentável, tendo como eixo
principal a sustentabilidade, a conservação ambiental, a justiça
social e o crescimento econômico. Já na Bahia, foi desenvolvido o
Projeto Agenda 21, o qual foi criado pelo Governo do Estado da Bahia,
com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) e o Fundo
Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
2003
Foi
lançado
o livro “Transformando olhares: o mato que virou mata”, este
livro é resultado de um projeto de educação ambiental, realizado
pelo Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia (IESB) em
parceria com o WWF-Brasil, que retrata como foi a experiência com
esse projeto de educação ambiental, para todos os envolvidos no
projeto, os educadores, alunos e a comunidade local.
2004
O
Decreto n° 9.083, instituiu a Comissão Interinstitucional de
Educação Ambiental do Estado da Bahia (CIEA/BA), que é responsável
por elaborar a Política e o Programa Estadual de Educação
Ambiental, o qual funciona como um fórum participativo.
Figura
1. Comissão Internacional de Educação Ambiental do Estado da
Bahia. Google Imagens.
2006
Houve
a criação da Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção a
Biodiversidade (Lei n° 10.431/06).
- Lei N° 10.431 de dezembro de 2006 Capítulo I Art. 1º - Fica instituída a Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade, visando assegurar o desenvolvimento sustentável e a manutenção do ambiente propício à vida, em todas as suas formas, a ser implementada de forma descentralizada, integrada e participativa. Art. 2º - Ao Poder Público e à coletividade incumbe defender, preservar, conservar e recuperar o meio ambiente.
Fonte: http://www.legislabahia.ba.gov.br/verdoc.php?id=64087&voltar=voltar
Ainda
neste ano de 2006, foram desenvolvidas as Diretrizes Curriculares de
Educação Ambiental para as Escolas da Rede Municipal de Ensino de
Salvador, realizada pela secretaria Municipal de educação e
cultura, tendo como principais objetivos formar os sujeitos da cidade
de Salvador para a cidadania podendo assim entender a realidade
social, ética, econômica e política.
Figura
2. Capa da edição das Diretrizes curriculares de educação
ambiental para as escolas da rede municipal de ensino de Salvador.
Google Imagens.
2008
Foi
estabelecido o Plano Plurianual do Estado da Bahia, que durou entre
2008 á 2011 tendo como estratégias preservar e recuperar o meio
ambiente e tendo como princípio a sustentabilidade.
A
primeira edição da Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio
Ambiente, aconteceu em 2003, ocorrendo na Bahia em agosto de 2008 no
município de Lauro de Freitas.
Figura
3. III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.
Google Imagens.
- III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente Objetivo Geral: Fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino, como propõe a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), propiciando atitude responsável e comprometida da comunidade escolar com as questões socioambientais locais e globais, com ênfase nos processos de melhoria das relações de ensino-aprendizagem e em uma visão de educação integral.
Fonte: http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/relatorio_final_3_cnjima.pdf
Referências:
AGENDA
21 Brasileira.
Ministério do Meio Ambiente.
Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-brasileira>.
Acesso em 08 de maio. 2018.
CONCEITOS
de Educação Ambiental. Ministério
do Meio Ambiente.
Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental>.
Acesso em 12 de maio. 2018.
HISTÓRIA
do movimento ambiental. Instituto
Nacional de Educação Ambiental.
Disponível em:<
http://ineam.com.br/a-historia-do-movimento-ambiental/>.
Acesso em 10 de maio. 2018.
HISTÓRIA
da Educação Ambiental no Brasil e no Mundo. Portal
Resíduos Solidos.
Disponível em: <
https://portalresiduossolidos.com/historia-da-educacao-ambiental-brasil-e-mundo/>.
Acesso em 12 de maio. 2018.
HISTÓRICO
Mundial. Ministério do
Meio Ambiente.
Disponível em:
<http://www..mma.gov.br.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental/historico-mundial>.
Acesso em 08 de maio. 2018.
PEDREIRA,
Ana J. L. A. et al. Processo
Formador em Educação Ambiental a Distância.
Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade/ MEC Universidade Federal de Pernambuco, 2009.
PEDREIRA,
Ana J. L. A. et al. Curso
a Distância: Formação Continuada de Professores em Educação
Ambiental. Salvador,
2010.
SALVADOR
(BA). Secretaria
Municipal da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares da
Educação Ambiental para as Escolas da Rede Municipal de Ensino de
Salvador. Salvador,
2006. Disponível em:<
http://smec.salvador.ba.gov.br/documentos/Diretrizes%20ambientais.pdf>.
Acesso em 15 de maio. 2018.
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